Em 1943, Leo Kanner, psiquiatra
austríaco radicado nos Estados Unidos, fez a
primeira descrição do autismo após observar peculiaridades em casos clínicos de
crianças que apresentavam dificuldades para estabelecer laços sociais. Nessa
época,
o quadro diagnóstico era raro, seguindo-se assim até 1952, quando, pela
primeira vez,
foi incluída uma seção dedicada aos transtornos mentais nas descrições clínicas
da
primeira edição do DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders).
Desde então, muitos foram os DSM publicados e muitas também foram as
modificações realizadas em sua leitura e entendimento, de forma que, o
diagnóstico
antes raro, hoje, ocupa, no mundo, um lugar de destaque entre as diversas
formas de
existência.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), como é conhecido atualmente,
constitui um campo frutífero para pesquisas realizadas por diversas áreas,
sobretudo,
pela Psiquiatria, pela Psicologia, pela Psicanálise, pela Enfermagem e pela
Nutrição,
cada uma delas apresentando descobertas sobre quais as suas causas, formas
diagnósticas e tratamentos do autismo. Contudo, não há ainda um consenso com
relação a esses pontos, tampouco estratégias e entendimentos fechados sobre o
autismo.
Nesse sentido, apresenta-se esse evento como um espaço de partilha e
construção de saberes sobre teorias e experiências com TEA, a fim contribuir
com os
avanços que vêm sendo promovidos junto ao tema.